sábado, 6 de junho de 2009


MÁ ADMINISTRAÇÃO EM GUARUJÁ

Sinceramente, nem vou comentar muito sobre a má administração que a prefeita Maria Antonieta de Brito (ex-vereadora e ex-presidente e militante do PT até 2008) e a sua vice, Regina Leal Mariano (viúva do ex-prefeito Maurici Mariano, que em seus mais de 15 anos de mandato, entre 1983 a 1988, com prorrogação biônica de 1996 a 2004 com reeleição, deixou marcas profundas, além de dois mandatos como Deputado Federal durante os anos 80 e 90.
Ambas, entretanto, são responsáveis e não apenas Antonieta pelo que vem ocorrendo na atual administração municipal como todo mundo imagina.

O ex-prefeito Maurici e sua bancada situacionista: Maduro, Addis, Zé Carlos, Nenke, Piasenti, Sato, Gerônimo Villanueva, entre outros integrantes de uma das maiores bancadas fisiológicas de que Guarujá teve notícias, foram responsáveis por absurdos, como: contrato em favor da Translitoral por 25 anos prorrogáveis; entrega do prédio público construído durante a administração do ex-prefeito, médico Valdir Tamburus (1989 - 1992), na Enseada, para a Fundação Eduardo Lee (UNAERP); construção do vergonhoso "Portal do MM" (por sugestão do então Secretário de Turismo, Ramapazzo, na entrada de Vicente de Carvalho; reforma do calçadão da Av. Thiago Ferreira, em Vicente de Carvalho, distrito de Guarujá, de 1999 a 2000, tentando descaracterizar o projeto de Jaime Lerner, pelo então secretário de Obras e Meio Ambiente à época, Duíno Verri Fernandes, onde todas as árvores daquela avenida comercial, inclusive alguns chapéus-de-sol, foram arrancados e seu lugar nada foi plantado, ou melhor, num ou noutro lugar, apenas, uns gravetos...

E houve muito mais como a tentativa de dar a ilha do Mar Casado, na praia do Pernambuco ao Silvio Santos; promessa não cumprida de reforma do Forte do Itapema, com ajuda de R$ 500 mil doados pelos comerciantes filiados ao CDL de Vicente de Carvalho, e que nunca se concretizou; tentativa de implantação do Porto Nobara (Terminal de Containeres que iria cruzar a cidade); não implantação de rede de computadores no último ano de mandato (2004), inclusive abertos nos fins-de-semana à comunidade frustrada etc.

Porém, Maurici teve seu Coordenador do distrito, Farid Said Madi (PDT), vencedor das eleições em 2004 em cima do seu escolhido, o ex-presidente da Câmara e "chefe da bancada situacionista" Wanderley Maduro. Farid tinha um cargo proporcional ao de Vice-Prefeito, que entre 1996 e 2004 foi ocupado pelo pelego Manoel Ramos, ex-presidente do Sindicato dos Bancários (perguntem aos atuais diretores daquele sindicato que fica em Santos).

Do desastre que foi a administração de Farid todos ainda se lembram! A cidade, que apesar do Bôom imobiliário dos anos 70 e 80, apesar de ter as praias mais charmosas até meados dos anos 80, quando o Litoral Norte passou à frente; apesar de ter possuído uma rampa de asa delta e um calçadão idealizado pelo arquiteto Jaime Lerner (ex-governador paranaense), começou a sofrer com o aumento da população (hoje já são mais de 300 mil moradores) e os problemas do único hospital da cidade, Santo Amaro (HSA); do aumento vertiginoso nas invasões e crescimento de favelas, com consequente aumento da marginalização e criminalidade - principalmente em anos pré-eleitorais - até hoje não conseguiu ter outro hospital (o de Vicente de Carvalho, prometido por Maurici (deputado federal) e Valdir Tamburus (prefeito), ambos no PMDB entre 1988 e 1992, foi transformado no último ano de Farid em uma maternidade que foi fechada recentemente pela prefeita Antonieta e seu secretário de Saúde, Gerônimo Villanueva. A reforma não terminou a não há data para entrega, quem sabe nalgum feriado municipal do ano que vem, ou a Câmara crie um dia especial, como "Dia da Saúde", "Dia da Ana Maria parteira", etc.

É muita história político-administrativa obscura, entre 1980 e 2009, mas pouca valorização e participação, na cidade de seus habitantes...

Enquanto Santos, Praia Grande, depois São Vicente viveram sucessivas administrações que avançaram - inclusive duas do PT - modificando para melhor as cidades, até mesmo Bertioga que se emancipou de Santos no anos 90, em Guarujá e Vicente de Carvalho não se valoriza a história (não temos museu); não se criam áreas para lazer de crianças e adolescentes monitoradas e por ai vai. Sem Segurança e sem alternativas, muitos moradores tem que se deslocar para Santos, São Vicente e Praia Grande em busca de lazer, mais tranquilidade, cultura...e, é óbvio, deixam lá seu dinheiro, enriquecendo essas cidades por falta de alternativa segura no município de Guarujá, ex-pérola do Atlântico.