Blog do jornalista ambientalista José Antonio G. da Conceição sobre Meio Ambiente, Políticas Públicas, Gestão Pública, Cidadania, Direito do Cidadão etc. * Os conceitos emitidos nos artigos assinados são de inteira responsabilidade de seus autores! *** Qualquer parte dos textos aqui contidos somente poderá ser copiada e publicada, no todo ou partes se for citando o autor, o local e a data, conforme legislação de Direito Autoral. * SUGESTÕES, CRÍTICAS E CONTATO: ja_jor@yahoo.com.br
1) Marcelo, quando foi que vc descobriu que tinha jeito para ser desenhista?
- Com 5 anos de idade fui "descoberto" por uma professora do primário depois de fazer o desenho de um elefante durante a aula... acho q eu tinha copiado "de olho" o antigo logotipo do supermercado "Jumbo Eletro"... 1977 faz tempo!
2) O que o influenciou, no começo de sua vida cognitiva, a elaborar os primeiros traços?
- Eu gostava dos gibis de heróis e esse foi meu primeiro laboratório rumo ao profissional de hoje... enquanto os outros garotos pediam gibis do Homem Aranha pros pais, eu desenhava os meus próprios.
3) Vc lembra quando se deu isso?
- No decorrer dos anos, desde que comecei a desenhar até o início da vida adulta, quando percebi que podia fazer disso uma profissão.
4) Hoje vc é um profissional completo ou quase completo. Como se deu a evolução do "desenhar" e quais foram suas primeiras tendências?
- Hoje o trabalho de ilustração depende muito da computação gráfica, então foi uma ferramenta que precisei aprimorar. Facilita muita coisa em termos de tempo e resultados, mas não substituí o talento nato. O que faço não está no computador, só passa por ele.
5) Em sua opinião, o que leva uma criança ou um jovem...e até um adulto a começar a se interessar por desenho a "mão livre"?
- O desenhista é antes de tudo um observador e precisa saber enxergar além da visão comum. Aonde os outros vêem uma xícara o desenhista vê círculos, retas e demais formas geométricas que dão a forma pra essa xícara e isso vale pra qualquer forma física. Tudo é regido por leis visuais de proporção e o desenhista precisa ter a sacação desse detalhe. A pessoa pode nascer com essa percepção ou desenvolvê-la em qualquer etapa da vida, basta treinar e muito.
6) em sua opinião a Escola, já na sua época - hoje vc tem (37) anos - ajudou a despertar essa tendência?
- Com exceção daquela professora lá do primário, a escola não influenciou em nada, absolutamente. Sempre fui autodidata e não me lembro de uma única aula de educação artítisca onde meu talento fosse de alguma forma estimulado, nunca.
7) Você conhece ou já ouviu falar no livro: "Aprendendo a desenhar com o lado direito do cérebro"?
- Já ouvi falar sim, mas nunca tive a oportunidade de ler... mas há sim métodos de aprendizagem do desenho em qualquer fase da vida, mas este em particular eu não conheço.
8) O que vc recomenda para quem sente ter a tendência para o desenho "à mão livre" e quer começar a expressar sua arte?
- O ideal seria procurar uma boa escola de desenho e mais ainda exercitar em todo tempo possível. É preciso dominar fundamentos básicos de desenho e geometria pra poder desenhar em qualquer técnica ou tema com segurança e domínio e isso só se dá com treino, muito!
9) Vc se considera um artista completo? Fale da sua evolução nessa arte.
- Longe disso... sempre há muito que aprender principalmente quando se faz disso um meio de vida. Hoje em dia, desenho em papel e lápis é coisa do passado, o futuro de quem quer atuar como profissional de ilustração é a inforgrafia e essa ta sempre em evolução... novos programas para edição gráfica e 3D surgem de tempos em tempos.
10) Fale um pouco mais sobre você e suas perspectivas de trabalho no futuro breve e em médio prazo:
- No momento venho dando segmento aos meus trabalhos como caricaturista e cartuns. O segmento de entretenimento e humor gráfico sempre tem boa demanda, mas também venho desenvolvendo estudos como animação
E pretendo um dia publicar Histórias em Quadrinhos... mas isso é mais realização pessoal, não há mercado brasileiro sério pra isso, embora chances apareçam de tempos em tempos no mercado internacional pra quem é bom no que faz.