terça-feira, 31 de março de 2009

MUDAR O HOMEM


Paulo Matos (*)

Ouvi dia destes uma história de um professor preocupado com seus estudos e afazeres recebendo a visita, até incômoda nesta hora, de seu filho pequeno, de apenas sete anos. Para poder continuar com suas tarefas, recortou um mapa-mundi e deu para o filho montá-lo como um quebra-cabeças. E qual não foi sua surpresa ao ver que em pouco tempo o filho faria o trabalho, ao que ele de pronto questionou como. "É que eu notei que no outro lado da revista, disse o petiz, havia um homem.

E foi só consertar o homem e o mundo estaria recomposto". Impossível não entender como lição, observou o mestre. Certo é que a economia e a sociedade tal como estão e agem deformam o homem infinitamente na sua natureza bondosa para transformá-lo em algo monstruoso, que nunca deixará de ser aquele bebê de sorriso gracioso, que nasce com a missão maior de modificar estas relações e inserir o homem no mundo, em sua natureza e procedimento.

Isto ocorre no enfoque individual e coletivo que nasce, inexoravelmente, da bondade e da solidariedade rasgadas e jamais reunidas de novo como em um quebra-cabeças por que sem algo que oriente esta ação. Todos os que tantaram foram impiedosamente liquidados com crueldade e violência, condicionando suas ações e reações.

(*) Paulo Matos é jornalista, historiador pós-graduado, bacharel em Direito.
Blog: jornalsantoshistoriapaulomatos.blogspot.br
Fone 13-38771292-97014788